quarta-feira, 16 de junho de 2010

O acaso na física de Aristóteles


Este pequeno texto é uma prévia do trabalho que farei, provavelmente este final de semana, a respeito do acaso na Física aristotélica.

Aristóteles dedica os capítulos de 4 à 6 da Física ao tema do acaso e visa responder às questões?

a) O que é o acaso e o espontâneo?

b) Como o acaso e o espontâneo interagem com as quatro causas?

c) Qual a diferença entre acaso e espontâneo?

O acaso e o espontâneo são para Aristóteles causas que se interpõem entre a causa eficiente e a causa final que se esperava obter anteriormente, ou seja, quando agimos, por exemplo, de modo a esperar dado resultado e este não ocorre. O acaso é uma causa, mas indeterminada até que aconteça, pois é acidental. São fatos que não ocorrem sempre, nem no mais das vezes, mas excepcionalmente.

A diferença entre o acaso (týche) e o espontâneo (autômaton) se manifesta no seu campo de atuação e na amplitude desta. O espontâneo é mais amplo e abarca tudo o que acontece por acaso. O acaso se dá nas ações dos seres animados e o espontâneo acontece no âmbito dos seres inanimados.

Nos capítulos já citados Aristóteles critica os pré-socráticos por não terem incluídos em suas teorias a ação do acaso, quando muito, especularam que o espontâneo ocorre na gênese do mundo, mas não nas ocorrências da phýsis que vemos diariamente. Tamanho absurdo espantará Aristóteles.

Enfim, só estou esquentando a pena para o trabalho do final de semana.



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