sexta-feira, 3 de julho de 2009

Os filósofos empiristas

O empirismo é uma corrente filosófica que afirma que todo conhecimento humano é proveniente dos sentidos, ou seja, as idéias que temos em nossa mente são advindas das impressões sensíveis. De modo que, nenhuma idéia há na mente humana, por mais complexa que essa idéia seja, que não tenha sido antes uma simples sensação dos objetos externos ou um sentimento interno como raiva, paixão, amor, etc.
HUME
Hume afirma que as impressões são mais vívidas e fortes do que as idéias, pois, quando tento lembrar do gosto de uma maçã que comi ontem, a idéia do sabor da maçã é fraca e embaçada se comparada com a sensação que tive no dia anterior, que era vívida e forte. O mesmo ocorrendo com as impressões internas como medo e raiva, pois um homem que sinta o descontrole da raiva num momento e depois relembre a sensação passada, não perceberá aquele sentimento de raiva com a mesma força. Portanto, as impressões são percepções vívidas e fortes e as idéias percepções fracas e embaçadas.
LOCKE
Ao criticar a teoria das idéias inatas, Locke sustenta que o que nos é inato é a capacidade de conhecer e não as idéias. Sendo assim, surge a necessidade de explicar como se dá o conhecimento. Locke afirma que o conhecimento é formado por idéias derivadas da experiência sensível e da reflexão, pois há idéias oriundas das sensações de objetos externos, como o computador que está na minha frente agora e idéias derivadas da reflexão sobre as operações de nossas próprias mentes, como o pensamento, o duvidar, o crer etc.
BERKELEY
Para Berkeley as idéias são os objetos do conhecimento humano, pois se imprimem na mente através dos sentidos, são percebidas nas operações da mente e são delas que lançamos mão quando nos lembramos de eventos passados, quando imaginamos eventos futuros ou quando criamos seres fantásticos em nossa mente. As idéias vêm à nossa mente através dos sentidos, cada sentido recebe idéias específicas, as quais, quando agem sobre os sentidos simultaneamente, configuram algo como uma fruta, um carro ou uma mesa, pois ser é ser percebido, e por isso, algo só existe quando há quem o perceba através dos sentidos. Portanto, no processo do conhecimento se faz necessário a existência de um agente perceptivo, a saber: a mente ou o eu, pois, as idéias ou sensações não são independentes e não podem existir sem uma mente que os perceba.
BACON
Bacon pretende reformular o saber, demolir a noções falsas que levam o homem ao erro (ídolos) e erigir um saber verdadeiro advindo da experiência, comprometido com a sociedade na medida em que busca torna-la melhor, pois o saber não se resume apenas ao saber, mas saber é poder.

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